quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Não seremos nós



“Nós que não conseguimos nem colocar nosso próprio lar planetário em ordem, divididos por rivalidades e ódios, havemos de nos aventurar no espaço afora? Quando estivermos prontos para morar no mais próximo dos sistemas solares, teremos mudado. Não seremos nós que alcançara Alpha Centauri. Será uma espécie muito parecida conosco, porém com mais de nossas forças e menos de nossas fraquezas. Mais confiante, visionária, capaz e prudente”.
~ Carl Sagan

domingo, 7 de agosto de 2011

A história do homem que decidiu se isolar na montanha

Cleverson Munhoz saiu de um centro urbano e foi morar no acesso ao morro da Igreja, em Urubici(SC), local procurado por turistas neste época

por Aline Rebequi
Cleverson vive do que planta, raramente vai à cidade e recebe alguns turistas

Em pleno século 21, quando o número de aparelhos celulares supera o número de habitantes no Brasil e com o rápido crescimento das redes sociais, é difícil imaginar que alguém ainda sobreviva sem tecnologia.

Em Urubici, no acesso ao Morro da Igreja, um lugar cinematográfico e procurado por turistas especialmente nesta época do ano, há um exemplo inusitado. O solitário da montanha Cleverson Munhoz, 50, há poucos meses sequer tinha energia elétrica em casa.

A moradia de Cleverson parece ter sido reproduzida de uma obra de arte. Rodeada de muito verde em meio à mata, em um dos pontos mais frios do Estado, a casa é iluminada apenas pelas luzes do sol e da lua.
Ele vive sem nenhum aparelho eletrônico, telefone e, até três meses atrás, não tinha energia elétrica. Aceitou ligar depois da insistência dos amigos.

Cleverson também não vai ao comércio, só consome o que planta e colhe em seu terreno. Com a companhia de quatro gatos, que vivem livres na mata, o morador garante não ser contra aos novos tempos e também diz que não está tentando provar nada a ninguém, somente a si mesmo.

“É possível viver bem sem o que a sociedade comum está acostumada. O ser humano se adapta a qualquer situação e hoje sei que podemos viver muito bem, sem quase nada do que imaginamos como necessário”, relata.

Cleverson decidiu mudar radicalmente de vida há 11 anos. Morador de Curitiba, tinha uma vida agitada como comerciante. Certo dia, cansado do trânsito, dos incômodos, do estresse, da insegurança, resolveu causar uma reviravolta na própria vida. Largou tudo e correu para serra catarinense. Procurou por um terreno afastado de tudo, porém, próximo à natureza. Ao encontrar, decidiu construir uma casa simples, mas aconchegante, onde pudesse viver em paz. “Queria provar para mim mesmo que era possível estar longe de tudo e, mesmo assim, viver feliz e saudável, e consegui”, diz.

Solteiro e sem filhos, Cleverson vive sozinho, mas queria dividir sua alegria com quem passa pelo acesso ao Morro da Igreja em busca de belas paisagens. Criou o Vale dos Sonhos, um restaurante com alimentação natural e vegetariana com capacidade para dez pessoas. “As pessoas aparecem por curiosidade e vão repassando a informação. Quero dividir a minha alegria com os demais, mas de forma simples”, conta.

Fonte: NDonline

Condomínio solar produz mais energia do que consome


O que antes era apenas visto em filmes, agora é possível e está ao alcance – por enquanto, apenas para alguns alemães de sorte. Com consciência ecológica na política empresarial e a ajuda de novas tecnologias, a empresa Sonnenschiff criou nada menos que uma “cidade solar” em Freiburg, na Alemanha.

Projetado pelo arquiteto Rolf Disch a Solarsiedlung, como é chamada, enfatiza a produção de energia incorporando uma série de grandes matrizes solares que se assemelham a toldos. As casas são construídas sob um padrão que permite que toda a cidade produza quatro vezes a quantidade de energia que consome. A energia adicional produzida por meio dos painéis solares, é vendida para o setor público e gera lucro para o condomínio.

Cerca de 52 casas compõem o complexo, que também possui jardins panorâmicos, lojas e escritórios ao longo das ruas que se cruzam. O layout do projeto é baseado na direção que o caminho do sol faz e a energia adicional requisitada no inverno, é provida por uma estação de energia movida à biomassa.
Segundo o site Tree Hugger, além dos painéis fotovoltaicos, os telhados têm sistemas de coleta de chuva, que são utilizados para os banheiros, cozinha e irrigação dos jardins. As unidades também utilizam aquecedores à lenha em época de inverno. É possível dizer, que projeto contribui em nível mundial para uma nova concepção relacionada ao uso cotidiano de energia, e o papel fundamental que a sustentabilidade pode ter na vida das pessoas.

Postado originalmente aqui!