domingo, 24 de outubro de 2010

Barco movido a energia solar, criado por estudantes da UFSC, ganha repercussão mundial


Embarcação de fibra de carbono é viável, fácil de manter, além de não poluir o meio ambiente

Motivados pela possibilidade de criar uma embarcação que não poluísse o meio ambiente, alunos da Universidade Federal de SC (UFSC) criaram um barco movido a energia solar. No primeiro ano, a turma foi campeã do Desafio Solar Brasil. No segundo, participaram de uma competição na Holanda e sagraram-se o melhor grupo novato não europeu.

A equipe Vento Sul, inspirada em uma palestra na universidade, em abril de 2009, resolveu criar o Catamarã. A intenção era mostrar que um barco elétrico é viável, não polui e não precisa de manutenção constante. As placas fotoelétricas recebem a luz, repassam a um controlador de carga, que distribui ao motor e à bateria. Quando não há sol, o motor usa a energia armazenada na bateria.

O primeiro projeto, de fibra de vidro, material considerado pesado, participou e venceu o Desafio Solar Brasil, competição que aconteceu em Paraty (RJ), em julho do mesmo ano. Com o fim do ano letivo de 2009, alguns alunos se formaram e a equipe foi reformulada. Junto com novos integrantes, vieram novas ideias e uma outra embarcação foi construída. Com custo de R$ 60 mil, financiados por empresas, veio o Guarapuvu.

Consagração no maior evento mundial do setor

— Precisávamos de um barco superior. Investimos em todas as tecnologias possíveis, trocamos o material da carcaça, que agora é de fibra de carbono, muito mais leve — conta Tássio Simioni, estudante de Engenharia Química, coordenador da equipe.

Com a criação, o grupo de 20 estudantes estava pronto para participar do Frisian Solar Challenge, a competição mundial de barcos solares, que aconteceu em julho, na Holanda. Na seleção, dividida por classes, a equipe Vento Sul ficou na 17a posição entre 26, mas ganhou destaque como embarcação mais leve e a melhor equipe novata não europeia.

— Tivemos problemas técnicos por falta de testes, o que comprometeu a classificação. Mas ganhamos elogios, por aplicar técnicas diferenciadas.

Fonte DC

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