sábado, 31 de julho de 2010

Brasil: O Maior consumidor de agroTÓXICO do mundo


Agrotóxicos ameaçam saúde dos brasileiros

por Bruno Dominguez

Feitiço contra o feiticeiro

Considerado o motor do agronegócio brasileiro, o agrotóxico impacta os ecossistemas e a saúde da população, concordam pesquisadores da Saúde - que se envolvem cada vez mais com esta e outras questões do meio ambiente.

Os agrotóxicos foram desenvolvidos para dificultar a sobrevivência ou exterminar formas de vida. Justamente por essa característica, eles são capazes de afetar a saúde humana, seja direta ou indiretamente.

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Somente no ano passado, foram vendidas 725,6 mil toneladas dessas substâncias no país, movimentando US$ 6,62 bilhões, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag). Em 1987, o consumo não ultrapassava as 100 mil toneladas.

Princípios ativos de agrotóxicos

O relatório da 8ª Conferência Nacional de Saúde já previa a interseção: "A saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde." Está é noção presente na Constituição Brasileira.

Os agrotóxicos foram desenvolvidos para dificultar ou exterminar formas de vida. Justamente por essa característica, são capazes de afetar a saúde humana

A medida mais recente no processo de fortalecimento dessa relação foi a assinatura de termo de cooperação técnico-científico entre Fiocruz e Ministério do Meio Ambiente, no fim de março.

"Entre outros pontos, o acordo estabelece como prioridade defesa da política de reavaliação dos princípios ativos de agrotóxicos no país", informa o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel Fernandes. "A questão entrou definitivamente na agenda da saúde pública brasileira", diz.

Redução do uso de agrotóxicos

Anteriormente, outros passos foram dados nessa direção. No começo de 2010, a Fiocruz foi designada Centro Colaborador em Saúde e Ambiente da Organização Mundial da Saúde. Em dezembro de 2009, realizou-se a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, organizada em conjunto pelos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e das Cidades.

Os delegados aprovaram propostas que tratam dos agrotóxicos: implementar a produção e o consumo agroecológico, eliminando o uso de agrotóxicos; atuar sobre os riscos relacionados aos processos de trabalho, tal como a exposição a essas substâncias; exigir receituário específico para minimizar e controlar sua aquisição e sua aplicação.

O Ministério da Saúde ainda criou, em 2007, o Grupo de Trabalho para a Implantação do Plano Integrado de Ações de Vigilância em Saúde Relacionada a Riscos e Agravos Provocados por Agrotóxicos. Na prática, a aproximação dos setores teve início na Eco-92, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

"Quanto ao agrotóxico, há cerca de cinco anos, o setor percebeu que é um dos principais problemas de saúde pública da atualidade", estima o biólogo Frederico Peres, pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e um dos integrantes do grupo de trabalho.

Agrotóxicos contra a saúde

Os agrotóxicos foram desenvolvidos para dificultar ou exterminar formas de vida; justamente por essa característica, são capazes de afetar a saúde humana.

"O desenvolvimento de moléculas cada vez mais poderosas em seus efeitos biocidas não poupa as estruturas biológicas de seres que não são seus alvos", diz a especialista em saúde ambiental e pesquisadora do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz) Lia Giraldo.

Lia defende a recuperação do conceito de veneno para essas substâncias. "Existe um verdadeiro sistema de ocultamento do risco, via permissividade de venda e de uso". Para ela, o modelo produtivo da agricultura estabeleceu um clima favorável ao uso indiscriminado de agrotóxico.

"Por trás do recorde no consumo, está uma política governamental que incentiva as monoculturas exportadoras por meio de linhas de crédito e outros benefícios", acrescenta Frederico Peres.

Veneno ou remédio

Coorganizador do livro É veneno ou é remédio? (Editora Fiocruz), sobre o tema, Frederico Peres explica que os efeitos dos agrotóxicos podem ser agudos ou crônicos. Os agudos são mais frequentes em trabalhadores rurais, com sintomas que aparecem até 24 horas depois da exposição: espasmo muscular, convulsão, náusea, desmaio, vômito, dificuldade respiratória. Os crônicos decorrem da exposição prolongada a baixas doses das substâncias, inclusive via alimentação, podendo surgir anos após o contato.

O inseticida dicloro-difenil-tricloroetano (DDT), por exemplo, foi proibido a partir da década de 1970 em todo o mundo: descobriu-se que interferia na cadeia alimentar animal, contribuía para o desenvolvimento de câncer em seres humanos e se espalhava facilmente pelo ar. Muitas outras substâncias foram e são apontadas por cientistas como cancerígenas, como os fenoxiacéticos (encontrados em herbicidas) e os ditiocarbamatos (que tem ação fungicida).

Recentemente, a Academia Americana de Pediatria relacionou o consumo de alimentos com resíduos de agrotóxicos organofosforados (presentes em inseticidas) a transtorno do déficit de atenção e hiperatividade em crianças. A Associação Nacional de Defesa Vegetal, que representa a indústria dos agrotóxicos no Brasil, alega que o resultado não é conclusivo e que "toda substância química, sintetizada em laboratório ou mesmo aquelas encontradas na natureza, pode ser considerada um agente tóxico". O risco de efeitos indesejados, diz a organização em seu site, depende das condições de exposição, que incluem ingestão, contato, tempo e frequência.

No Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram registrados 19.235 casos de intoxicação por agrotóxico, em 2007, no território nacional. Para cada notificação, a Organização Mundial da Saúde calcula que ocorram 50 outros casos. "Esses dados são apenas a ponta do iceberg, já que representam em sua maioria os casos agudos graves, que também são subnotificados", comenta Valcler Fernandes. Os efeitos crônicos relacionados aos agrotóxicos quase nunca são contabilizados pelos sistemas de informações oficiais.

Fonte

SBT Repórter exibirá dia-a-dia vegano


Por Fabio Chaves

No último domingo, dia 25 de julho de 2010, o repórter Gilberto Smaniotto e a equipe do programa SBT Repórter passaram um dia gravando em Campinas-SP. No programa, que deve ir ao ar em meados de agosto, foi apresentada uma receita vegana além de muito bate-papo sobre a filosofia que sigo e divulgo. O SBT me acompanhou numa visita ao supermercado onde comentei sobre muitos produtos e também sobre os ingredientes “escondidos” deles.

Também foram entrevistados outros veganos, inclusive uma amiga que é vegetariana há mais de 50 anos e vegana há mais de 15 anos. O programa não falará apenas sobre vegetarianismo. O mote do programa, ao contrário, é carne. Mas vai mostrar o outro lado da moeda e por isso escolheram entrevistar algumas pessoas que vivem muito bem e com muita saúde sem ingerir nenhum tipo de ingrediente de origem animal.

Falei bastante sobre o Vista-se e sobre os leitores dele. Você poderá conhecer bastante da minha casa e do meu dia-a-dia. Mais novidades em breve, fique ligado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Matadouros: No Inferno, todos vestem roupas brancas


por Denise Terra

Ainda não amanheceu, estamos diante da chuva e do frio do inverno gaúcho à espera do ônibus que irá nos guiar até um dos maiores matadouros do RS. Somos estudantes de medicina veterinária, cursando uma disciplina obrigatória de inspeção de produtos de origem animal. A maioria de nós encontra-se eufórica, à espera dos ‘momentos emocionantes’ do dia. Eu estou em um canto, sendo observada de perto pela professora e o coordenador do curso, que ao saberem que sou vegana e ativista, temem que eu tenha um colapso na linha de matança.

Entramos no ônibus e seguimos viagem. No caminho, a sensação de que as cenas que eu teria que presenciar não seriam diferentes daquelas filmadas clandestinamente em matadouros ao redor do mundo, e ao mesmo tempo o sentimento inequívoco de que estaria prestes a presenciar uma série de crimes considerados ‘necessários’ pela humanidade.

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domingo, 18 de julho de 2010

Centenas de animais marinhos surgem mortos em praias de SP


Mais de 200 animais marinhos foram encontrados mortos nas areias das praias da Baixada Santista e Litoral Sul de São Paulo entre sexta-feira (16) e sábado (17).

Só neste sábado foram encontrados mais de 120 pinguins, três tartarugas e outras cinco aves marinhas em Peruíbe. Outros 22 animais foram achados mortos em Praia Grande. Técnicos investigam a causa da mortandade, que pode estar ligada à frente fria associadas a correntes marítimas.

Um dia antes, 56 pinguins, três tartarugas e um golfinho foram recolhidos sem vida em Praia Grande. Apenas uma tartaruga sobreviveu e foi encaminhada para o Aquário de Santos.

Em Iguape, no Litoral Sul, os que conseguem sobreviver recebem o atendimento da Polícia Ambiental. Biólogos e técnicos fizeram o reconhecimento das espécies. Os pesquisadores vão encaminhar alguns animais para a Universidade de São Paulo, onde serão feitos estudos para identificar a causa do número elevado de mortes.

Assista o vídeo aqui!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Muitas empresas não respeitam a rotulagem dos transgênicos no Brasil



Desde 2005, quando se aprovou a Lei Nacional de Biossegurança, os transgênicos fazem parte do cotidiano dos brasileiros. Entenda como se faz o licenciamento e a rotulagem das substâncias transgênicos.

Fonte Cidades e Soluções

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pecuária e vegetarianismo no RS


Entrevista com Valério de Patta Pillar e Eliane Carmanin Lima

Campanhas como a “Segunda-feira sem carne” têm se propagado e gerado muitas discussões em torno da pecuária no mundo. O metano, gás liberado principalmente pelo gado, é um dos principais causadores do fenômeno do aquecimento global, e a diminuição do consumo da carne, segundo alguns especialistas, traria muitos benefícios para o meio ambiente. A IHU On-line realizou uma entrevista, por telefone, com o ecólogo Valério de Patta Pillar e com a psicóloga e vegetariana Eliane Carmanin Lima sobre este tema. O professor da UFRGS falou sobre a situação da pecuária no RS e sua influência para o bioma do pampa gaúcho. Já Eliane falou de sua experiência como vegetariana no RS, onde a ligação com a carne é muito forte.

Valério de Patta Pillar é graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria. É mestre em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fez doutorado em Plant Sciences pela University of Western Ontário (Canadá). Atualmente, é professor da UFRGS.

Eliane Carmanin Lima é psicóloga e mestre em sociologia pela UFRGS. Como pesquisadora, vem estudando o vegetarianismo num enfoque sociológico. Idealizou o Cadastro-Veg, um cadastro de vegetarianos, que se originou conjuntamente com uma pesquisa sobre os vegetarianos no Brasil.


IHU On-Line – Qual a situação atual da pecuária no RS?

Valério de Patta Pillar – A pecuária é uma atividade tradicional na América do Sul, desde que o gado foi introduzido, no século XVII, pelos jesuítas. Há campos propícios à atividade, tanto que o gado logo se espalhou naturalmente por uma vasta região, até o Uruguai, sem cuidado. A pecuária foi evoluindo, modificando-se. Entretanto, de algumas décadas para cá, não conseguiu, em termos de ciência, competir com outras atividades econômicas, como a agricultura. Campos localizados em solos mais favoráveis foram perdidos e transformados em lavouras. No Planalto Médio do Rio Grande do Sul, adequado para mecanização, por exemplo, há poucos remanescentes campestres. Em outras regiões, não tão favoráveis para agricultura intensiva, como a fronteira oeste, com solos mais rasos e clima não tão favorável à agricultura intensiva, foram mantidos os campos. Recentemente, também surgiu a silvicultura, propagandeada como alternativa mais interessante aos proprietários, em comparação com a pecuária, justamente nestas áreas remanescentes campestres da metade sul do Rio Grande do Sul. Os campos são mal manejados, poderiam produzir mais, em termos de ganho de peso ou produção de terneiros. Poderia produzir muito mais simplesmente alterando o manejo, sem agregar insumos. A produção aqui não consegue competir com outras atividades econômicas, e nós estamos consumindo carne do centro-oeste e do norte do país. Há espaço para ganhos de produtividade e conservação da biodiversidade com melhoria do manejo do pastoreio.

IHU On-Line – De que forma a expansão de atividade agrícola ameaça o Bioma do Pampa?

Valério de Patta Pillar – Para que se possa ter lavoura numa área de terra, a vegetação natural tem de ser transformada. Há uma conversão daquele tipo de cobertura vegetal natural. É incompatível a conservação da biodiversidade do campo naquele local onde a lavoura se instala. Isso vale também para a silvicultura. O plantio de eucalipto e pinos em áreas campestres significa a conversão desses locais. As espécies da fauna e da flora adaptadas àqueles ambientes não se mantêm na área da silvicultura e de lavoura. É uma perda de habitats e ocorre, concomitantemente, a fragmentação dos remanescentes de campo. Essa é uma das maiores causas de extinção de espécies. A expansão da agricultura, da forma como aconteceu em algumas regiões do estado, é uma ameaça à diversidade dos campos.

IHU On-Line – Que estratégias a pecuária deve pensar com vistas à sustentabilidade ecológica e conservação da biodiversidade gaúcha?

Valério de Patta Pillar – A pecuária é uma das poucas atividades econômicas compatível com a conservação da biodiversidade. Utiliza-se um recurso natural, que é a forragem provida pelas áreas de campo. A vegetação campestre produz a forragem utilizada na atividade pecuária, oferecendo um serviço ambiental. Nas áreas nas quais já temos a atividade agrícola, precisaria haver o retorno da pecuária, no sentido de que as áreas de campo sejam restauradas. O Código Florestal permite a exploração econômica sustentável das áreas de reserva legal com vegetação de campo através da pecuária. A demarcação das reservas legais em áreas originalmente de campo possibilitaria a restauração da vegetação campestre e a reintrodução da atividade pecuária nas propriedades agrícolas. Teríamos vários benefícios com o manejo mais adequado. A pecuária se tornaria mais econômica, beneficiando a biodiversidade e mantendo a competitividade em relação às demais atividades econômicas.

IHU On-Line – A campanha “Carne Legal” alerta o consumidor sobre a importância de saber a origem de produtos bovinos. A pecuária gaúcha já se adaptou a este processo?

Valério de Patta Pillar – Temos, no Brasil, o paradoxo de estar transformando campos em plantações de eucalipto e pinos no Sul, e, ao mesmo tempo, desmatar parte da Amazônia para transformá-la em pasto. No centro-oeste, também tivemos uma transformação brutal da vegetação do Cerrado em áreas de pastagens cultivadas. Sou favorável e participo como consumidor deste tipo de campanha, questionando sempre sobre a origem da carne. Devemos incentivar o consumo de carne produzida em vegetações naturais, que é compatível com a conservação da biodiversidade.

IHU On-Line – Qual sua opinião sobre campanhas, como a da ONU, que pedem para que a população coma menos carne?

Valério de Patta Pillar – O documento da FAO-ONU (Food and Agriculture Organization – ONU), avaliando a situação pecuária mundialmente, não considera situações particulares, como nesta parte da América do Sul, em que a atividade cumpre um papel importante na conservação da biodiversidade. Se esses campos não fossem utilizados com pecuária, haveria um acúmulo de biomassa altamente inflamável, e nós teríamos grandes incêndios. A ONU generaliza, avaliando que a pecuária, do ponto de vista do consumo de energia, é bastante ineficiente e contribui significamente na emissão de gases estufa. Mas qual seria a alternativa para essas terras e pradarias, no mundo todo, que são usadas na pecuária? A conversão dessas terras em cultivo resultaria em mais emissões. Os solos desses campos são reservatórios de carbono. No momento em que o solo é cultivado, a matéria orgânica se decompõe e há emissões de gás carbônico para a atmosfera. A ONU desconsidera isso na sua avaliação. Todas as alternativas econômicas significariam um aumento de emissões. A emissão de metano e gás carbônico pelos bovinos é recompensada pelo sequestro de carbono no solo. Obviamente que a atividade pecuária que depende de confinamento, de produção de grãos e de usos intensos de energia fóssil deveria ser responsabilizada pelas emissões, mas não a atividade em geral.

IHU On-Line – Porque e quando a senhora se tornou vegetariana?

Eliane Lima – Faz mais de 20 anos. Eu li uma reportagem na época que falava dos animais e aí me dei conta de que eu estava comendo animais. Como eu realmente me importava e amava eles eu decidi, naquele momento, que eu não mais os comeria. E, desde então, eu não como mais carne. Foi muito mais fácil do que eu pensava.

IHU On-Line – É difícil ser vegetariano no Rio Grande do Sul e no Brasil?

Eliane Lima – Atualmente, aqui no RS, é facílimo. São muitos restaurantes vegetarianos, e esse número vem crescendo vertiginosamente. Há 20 anos, não era assim tão fácil. Havia apenas um restaurante macrobiótico, onde os vegetarianos se encontravam e se conheciam, formando ali uma nova cultura, uma identidade. Ser vegetariano não é apenas um hábito. Antes de tudo, é um hábito cultural.

IHU On-Line – Só o fato de diminuirmos a quantidade de carne em nossos pratos vai trazer que tipo de mudanças para o clima do planeta?

Eliane Lima – Existe uma campanha chamada “Segunda-feira sem carne”, que começou na Inglaterra. A campanha foi viabilizada depois que um estudo apontou que, se a população da Inglaterra deixasse de comer carne apenas um dia na semana, isso traria um impacto muito grande para combater o aquecimento global. Isso porque a pecuária é a atividade que mais traz consequências ruins para o meio ambiente do planeta. Existe uma preocupação muito grande das consequências do gás carbônico na atmosfera. No entanto, nos últimos dez anos, a emissão de gás carbônico na atmosfera aumentou em 33%, e o metano, que é emitido pelos rebanhos bovinos, aumentou 130%. Portanto, diminuir o consumo de carne tem sim grandes impactos em relação às consequências das mudanças climáticas.

(Ecodebate, 07/07/2010) publicado pelo IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.

domingo, 4 de julho de 2010

Templo budista é feito de um milhão de garrafas recicladas


Edifício feito de garrafas de cerveja está na lista das construções sustentáveis que os turistas podem ver na Ásia

O templo Wat Pa Maha Chedi Kaew, também conhecido como “o Templo de Um Milhão de Garrafas”, fica na província de Sisaket, próximo da fronteira com o Camboja.

Os monges budistas começaram a recolher garrafas em 1984 e depois de juntar centenas, decidiram começar a usá-las como material de construção. Eles conseguiram que as autoridades locais participassem do projeto, mandando mais garrafas, e agora já construíram um complexo de 20 edifícios, que inclui o tempo principal sobre um lago, o crematório, salas de oração, acomodações e até banheiros para os turistas. Tudo com garrafas de cerveja.

As garrafas não perdem sua cor, oferecem boa iluminação e são fáceis de limpar, dizem os monges.

Os prédios utilizam vigas de concreto para manter a sustentação, mas as garrafas verdes de cerveja Heineken e marrons da cerveja tailandesa Chang dão a cor ao ambiente.

Até os mosaicos de Buda foram criados com tampinhas de garrafa.

No total foram usadas aproximadamente 1,5 milhão de garrafas para construir o tempo, mas o complexo deve continuar crescendo.

Em entrevista ao jornal “The Daily Telegraph”, o abade San Kataboonyo disse: “Quanto mais garrafas, mais edifícios seremos capazes de construir”.

Fonte