terça-feira, 31 de março de 2009

Vaca percorre quase 100 km para escapar do abate


Ela foi levada para um santuário de animais no Reino Unido.
Duas mulheres pagaram 500 libras para salvá-la do abate.


O animal fugiu de seu proprietário quando estava sendo descarregado em um mercado em Thirsk (Reino Unido), segundo o jornal inglês "Daily Mail".

Apelidada de a "Besta de Ealand", o animal está agora livre de parar no açougue após ser comprado por Sue McAuley e Tracey Jaine, que pagaram 500 libras (cerca de R$ 1.625) pela vaca e a transportaram para um santuário de animais em Frettenham, no Reino Unido.

Wendy Valentine, fundadora do santuário Hillside, que cuida principalmente de animais que fugiram de fazendas, disse que, quando recebeu a primeira chamada, pensou que a entidade tinha que ajudar. "Ela vai ficar com a gente pelo resto de seus dias", afirmou Wendy.

"Vê-la descer em Hillside foi fantástico", disse Sue McAuley, de 42 anos, que trabalha como assistente administração em uma faculdade em Ealand. Segundo ela, a vaca merece estar viva depois de conseguir se cuidar sozinha por quase um ano.

(Fonte: G1)

segunda-feira, 30 de março de 2009

"A hora do Planeta" mobilizou o mundo em prol da luta contra as mudanças climáticas


Da Ópera de Sidney até o Empire State, passando pelo Cristo Redentor do Rio de Janeiro, cidades e lugares simbólicos de todo o mundo apagaram suas luzes às 20H30 local de cada país para participar na campanha em prol da luta contra a mudança climática promovida pela organização Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

Em 2008, cerca de 50 milhões de pessoas em mais de 35 países se uniram à iniciativa.

"Queremos que as pessoas se perguntem, mesmo que por apenas uma hora, o que se pode fazer para reduzir a emissão de carbono", declarou em Sydney o organizador da operação, Andy Ridley.

O evento começou quando a Ópera de Sydney e a ponte Harbour apagaram suas luzes na Austrália. Depois o gesto simbólico percorreu as capitais e cidades mais importantes de todo o mundo.

A iniciativa nasceu em Sydney, em 2007, onde mais de dois milhões de pessoas apagaram as luzes na ocasião. Desde então, o movimento se estendeu a 3.929 cidades de cerca de 90 países.

Cerca de 37o monumentos do mundo inteiro, entre eles o Empire State, o Vaticano, as Cataratas do Niágara, a Torre Eiffel, a Acrópole e o estádio "Ninho do Pássaro" de Pequim apagarão suas luzes durante uma hora.

Em dezembro, a comunidade internacional se reunirá em Copenhague para tentar renovar o Protocolo de Kyoto sobre a redução das emissões de CO2, que expira em 2012.

Os mais céticos quanto à iniciativa denunciaram, no entanto, que o uso de velas durante uma hora produz mais emissões de dióxido de carbono que as luzes elétricas.
(Fonte: Yahoo!)

sábado, 28 de março de 2009

É Hoje! Hora do Planeta 2009



A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.

Conhecido mundialmente como Earth Hour, a Hora do Planeta será promovida no País pela primeira vez pelo WWF-Brasil e conta com a adesão e apoio do Rio de Janeiro , a primeira cidade brasileira a aderir à iniciativa.

Em 2009, a Hora do Planeta será realizada (hoje) dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e pretende contar com a adesão de mais de mil cidades e 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Mais de 170 cidades de 62 países já confirmaram sua adesão à Hora do Planeta.

Realizada pela primeira vez em 2007, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália. Já em 2008, o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

Cadastre-se já no site Hora do Planeta e participe também deste movimento.

www.earthhour.org/about/br:pt-BR

sexta-feira, 27 de março de 2009

Aprenda a fazer pão integral



Receita de pão integral de trigo com linhaça

Grande vantagem, segundo Ricardo Gonzalez, é que a massa não precisa ser sovada. Linhaça ajuda a prevenir o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas.

Ingredientes:

- 2,5 xícaras (chá) de farinha de trigo branca que deve ter um teor de proteína entre 9% e 12%. Esta informação consta no rótulo do produto.
- 1 xícara (chá) de farinha de trigo integral, de preferência grossa. Pode-se utilizar a farinha de centeio como substituta, mas a massa do pão fica um pouco mais úmida.
- 1 colher (sopa) de sementes de linhaça
- 2 colher (sopa) de farinha de linhaça. Pode-se adquirir pronta, mas o ideal é obtê-la na hora, triturando as sementes
- 1,5 xícara (chá) de água mineral em temperatura ambiente
- 5g ou meio pacotinho de fermento biológico liofilizado seco, de preferência importado da Turquia. O produtor é importado e embalado no Brasil por marcas nacionais.
- 1 colher (chá) ou menos de sal marinho. Em casos específicos de dietas com restrição de sal, pode-se até omitir esse ingrediente.

Modo de Fazer:

Em uma bacia, de preferência de inox, misture bem os ingredientes secos (farinhas e fermento). Deixe o sal de lado, porque ele pode cortar o efeito do fermento.

Após esta etapa, adicione água mineral em temperatura ambiente, mexendo bem com uma colher de inox. O ideal é usar uma batedeira, em velocidade média, por cinco minutos. A mistura deve ficar úmida, sem, no entanto, haver água em excesso. Se ficar muito seca, adicione um pouco mais de água, mas muito pouco, e aos poucos. Se ficar muito úmida, com sobra de água no fundo da bacia, adicione um pouco de farinha e vá corrigindo também aos poucos. Ao fim desta etapa, adicione uma colher (chá) de sal marinho incorporando-o à massa.

Agora, você deve adicionar duas colheres (sopa) de farinha de linhaça. Quem não tiver farinha de linhaça pode triturar a linhaça em casa no liquidificador. Depois, coloque uma colher (sopa) de semente de linhaça. Quem não quiser usar a farinha de linhaça pode usar só os grãos, mas deve, então, colocar duas colheres de semente de linhaça, em vez de uma.

Com a massa pronta, cubra a bacia com um pano levemente úmido ou com um prato, e deixe descansar à temperatura ambiente por 18 horas nem mais nem menos. Se deixar mais tempo, haverá fermentação excessiva, e o pão ficará com gosto de cerveja. Se deixar menos tempo, o pão perderá em estrutura física, aroma e sabor.

Após as 18 horas, pré-aqueça o forno a 290ºC-300ºC por 15 a 20 minutos. Enquanto isso, unte as formas, utilizando manteiga (de preferência, sem sal) para cobrir todas as paredes internas da forma. Em seguida, polvilhe com farinha e retire o excesso. Se preferir, utilize formas antiaderentes, evitando, assim, o trabalho de untar e enfarinhar as mesmas.

Coloque a massa de pão nas formas, procurando cobrir até 2/3 da altura das paredes laterais ou pouco acima da metade. Adicione, ao topo da massa, meia colher de sopa de sementes de linhaça para cada forma.

Coloque as formas dentro do forno pré-aquecido por 45 minutos. Verifique o pão no forno. A crosta superior deve estar dura, bem firme, e o pão escuro, em tom dourado. Retire as formas. Espere de cinco a dez minutos e retire das formas com cuidado. Deixe os pães esfriarem sobre a grade superior do fogão por pelo menos 25 minutos antes de consumi-los.

quinta-feira, 26 de março de 2009

O custo de não desligar os computadores à noite


As empresas norte-americanas gastam US$ 2,8 bilhões por ano com máquinas que ficam ligadas sem serem utilizadas. Além disto, o custo para o meio ambiente deste desperdício é de cerca de 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono a mais em emissões.

Segundo o PC Energy Report 2009, divulgado nesta quarta-feira (25/03), cerca de metade dos 108 milhões de computadores que existem nas empresas norte-americanas não estão sendo devidamente desligados durante a noite.

O relatório diz ainda que se um bilhão de computadores fossem desligados em apenas uma noite, a energia economizada seria suficiente para iluminar o Empire State Building por dentro e por fora, ao longo de mais de 30 anos. (Fonte: ON)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Dércio Marques - Segredos Vegetais (1988)


Faixas:
01 - Tema da flor da noite - Segredos
02 - Tema do Canindé
03 - Tema do milho
04 - Palhas de milho
05 - Lambada de serpente - Tema do milho
06 - Avati - Deus do milho e das flores
07 - Amarela flor do dia
08 - Tema dos segredos - Tema da flor da noite
09 - Campo branco - Tema Datatarena
10 - Natureza oculta - Arco-íris
11 - Bela pessoa - Incendental - Sonho de Nocla - Tali
12 - Segredos vegetais
13 - Umbela de Umbelas I
14 - Umbela de Umbelas II
15 - Tema das ervas
16 - Canto do ipês amarelos - Roda Gigante - Dandô
17 - Cítara medieval
18 - Dandô IIMarianinha
19 - Tirana [Salamanca do Jarau]
20 - Marianinha
21 - Segredos vegetais II - Se o meu jardim der flor
22 - Vôo noturno
23 - Jojobaleia
24 - Vinheta dos Meninos de Volta ao Mar
25 - Cantiga de ninar Arícia
26 - Tema dos meninos de volta ao mar
27 - Concerto de arames e pássaros [Passaramedonho]
28 - Tema da Jurema I
29 - Peleja do sisal
30 - Tema da Jurema II


Dercio Marques é um violeiro, cantor e compositor nascido em Minas Gerais e que tem em sua irmã Dorothy uma das principais parceiras de show.

Seu primeiro disco "Terra, vento, caminho", foi lançado em 1977, pelo selo Marcus Pereira, obra em que interpretava canções de Atahualpa Yupanqui, do célebre violeiro Elomar e de sua própria autoria.

Em 1979, lançou pelo selo Copacabana o disco "Canto forte-Coro da primavera", do qual participaram músicos como Oswaldinho do Acordeom e Heraldo, ex-integrante do Quarteto Novo.

Ainda dentre seus parceiros ou companheiros de shows destacam-se João do Vale, Paulinho Pedra Azul, Luis Di França, Pereira da Viola e Diana Pequeno.

Depois da bem sucedida gravação de um disco infantil "Anjos da Terra", em homenagem a sua filha Mariana, foi indicado em 1996 para o prêmio Sharp de melhor disco infantil com "Monjolear", gravado em Uberlândia, com a participação de 240 crianças.

Download aqui!

terça-feira, 24 de março de 2009

Lei de rotulagem em transgênicos não é respeitada no Brasil



O Greenpeace elaborou um dossiê que comprovaria a utilização da soja transgênica pela Bunge e pela Cargill na fabricação de diversos produtos, como os óleos Soya, Liza, Primor e Olívia. O material continha amostras de soja, documentos e um vídeo (acima). O Código do Consumidor assegura o direito à informação sobre toda característica relevante dos produtos”, diz Paulo Sérgio Cornacchioni, promotor de Justiça do Consumidor do MP-SP que propôs a ação. “No caso dos transgênicos, há também normas legais específicas a fazer obrigatória a informação ao consumidor, seja na Lei da Biossegurança seja no Decreto Federal 4.680 (de 2003).

segunda-feira, 23 de março de 2009

VOZES DO CLIMA


Começou ontem a série Vozes do Clima, apresentado pelo ator Marcos Palmeira, alertando sobre a necessidade de profundas reformas em nossas cidades para que possam enfrentar chuvas torrenciais, alagamentos e outros fenômenos que o aquecimento global tende a amplificar. Mas, afinal, o que está fazendo o termômetro global subir?

Imagine um carro estacionado ao sol com os vidros fechados. Dentro, a temperatura só cresce. Esse é o efeito estufa. No entanto, ele é natural: parte do calor do sol refletido pelo planeta fica por aqui mesmo, ajudando a regular o clima e a manter vida na Terra. Todavia, a poluição lançada diariamente pelo homem está aprisionando mais e mais calor. Esse é o aquecimento global.

domingo, 22 de março de 2009

Homem e natureza em harmonia


Sul-africano se sente à vontade no meio das feras.

As imagens dão um nó na cabeça de especialistas em vida selvagem. Leões não gostam de água e são muito perigosos para os seres humanos. Mas Kevin Richardson não é um ser humano qualquer. Ele é dono de uma reserva particular na África do Sul, que recebe visitantes. Ninguém pode chegar perto dos bichos. Só ele.

sábado, 21 de março de 2009

TRANSGÊNICOS - O QUE VEM A SER?



Campanha do Greenpeace alerta sobre o risco dos transgênicos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ativistas 'viram' gado de corte em protesto vegetarianista no Chile

Protesto ocorreu em rua no centro da capital, Santiago.
Objetivo era chamar a atenção para as vantagens da dieta
sem carne.



Ativistas da ONG AnimaNaturalis pintam seus corpos com 'cortes' de carne durante protesto no centro de Santiago do Chile nesta quinta-feira (19). O ato fazia parte do Dia Sem Carne, que promove a dieta vegetariana e a busca de alternativas para a carne e os derivados do leite. (Fonte: G1)

Povos da floresta


João Fortes, coordenador da Rede Povos da Floresta, conta que as comunidades da floresta têm realizado pelo reflorestamento por meio de uma metodologia tradicional que podem render créditos de carbono, evitando que os povos derrubem a floresta para criar gado

quinta-feira, 12 de março de 2009

Natureza e seres vivos


Um louva-a-deus encontrado no jardim por uma das crianças é o mote para a professora dar uma aula sobre ecologia, cadeia alimentar e relações de interdependência na natureza. Ao tratar de temas como desmatamento, modificações do ambiente pelo ser humano e a falta de formação de uma consciência protetora do meio ambiente, o livro incentiva o leitor a respeitar os seres vivos e a lutar em defesa do meio ambiente.

Natureza e seres vivos - autor: Samuel Murgel Branco

Claro está
que preciso do Sol para existir.

Porém
o Sol precisa de mim para existir?

E você, precisa do Sol para existir?
E o Sol, precisa de você para existir?

(não sei se há resposta, mas há um breve lampejo de consciência que aparece no próprio instante da pergunta...)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Nicola Bullard fala sobre as alternativas da sociedade



A australiana Nicola Bullard fala sobre alternativas da sociedade civil discutidas no Fórum Social Mundial de Belém. Ela analisa as estratégias em andamento para a construção de um mundo mais justo.

Movimento por um Código Ambiental Legal para SC

Integre o movimento!

Em dezembro de 2008 tivemos a oportunidade de sentir na pele que a união faz a força, quando a manifestação de várias instituições acerca do Projeto de Lei 0238/08, que institui o Código Estadual do Meio Ambiente para o estado de Santa Catarina e um abaixo-assinado entregue à Assembléia Legislativa, mostrou resultados. A votação do projeto foi adiada por três meses.

Mas para ter um Código Ambiental Legal, precisamos trabalhar mais um pouco. Muitas entidades e instituições se manifestaram favoravelmente a esse esforço. Por isso propomos a continuação do que foi feito em dezembro, através do MOVICAL.

Nesse sentido, viemos até você para convidá-lo para fazer novamente parte deste esforço. Repasse para as suas redes, assine o abaixo-assinado, da mesma forma solicite aos dirigentes das entidades com que você possui vínculo, para que registrem e venham a integrar este movimento por um Código Ambiental Legal para o Estado de Santa Catarina. Divulgue o site www.codigoambientallegal.org.br. Neste site você poderá ficar informado da agenda das ações que estão sendo realizadas.

Abaixo assinado aqui!

domingo, 8 de março de 2009

Está chegando a Hora do Planeta



Personalidades participam da Campanha da Hora do Planeta.

Campanha: www.wwf.org.br

sábado, 7 de março de 2009

Arnaldo Jabor fala sobre Carne e Meio Ambiente



Arnaldo Jabor fala à CBN sobre os problemas causados ao meio ambiente pelo consumo de carne e derivados.

Com seu humor característicos ele põe em pauta um assunto que seria engraçado se não fosse trágico: o pum da vaca.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Slow Food



O movimento defende uma nova relação do homem com o alimento. Na contramão do fast food e da correria da vida moderna, a proposta desse movimento que ganhou o mundo a partir da década de 80 é uma alimentação mais consciente, com mais prazer.

A Alemanha está entre os países onde o movimento mais cresce. Mais de 8 mil alemães já aderiram ao novo estilo de vida. No Brasil, a proposta do Slow Food atrai pessoas de todas as idades e regiões. Em Piracicaba, os integrantes do movimento foram além, e aliaram a pesquisa científica sobre os alimentos ao objetivo de comer com mais consciência.

quarta-feira, 4 de março de 2009

O Que é Ecologia Profunda?


A natureza, cuja evolução é eterna, possui valor em si mesma, independentemente da utilidade econômica que tem para o ser humano que vive nela. Esta idéia central define a chamada ecologia profunda – cuja influência é hoje cada vez maior – e expressa a percepção prática de que o homem é parte inseparável, física, psicológica e espiritualmente, do ambiente em que vive.

Na nova era global, milhões de pessoas voltam a perceber que o sentimento de comunhão com a natureza é um dos mais elevados de que o ser humano é capaz, e fonte de grande felicidade. Não é coisa do passado ou um costume do tempo das cavernas. Ao contrário, deverá marcar as civilizações do futuro. Em qualquer tempo histórico, o convívio direto com a natureza foi e será um fator decisivo para o bem-estar físico e psicológico do ser humano.

A expressão ecologia profunda foi criada durante a década de 1970 pelo filósofo norueguês Arne Naess, em oposição ao que ele chama de "ecologia superficial" – isto é, a visão convencional segundo a qual o meio ambiente deve ser preservado apenas por causa da sua importância para o ser humano.

Ao nível superficial, o homem coloca-se como centro do mundo e quer preservar os rios, o oceano, as florestas e o solo porque são instrumentos do seu próprio bem-estar. Quando olha para o meio ambiente com esta preocupação, o homem só enxerga os seus próprios interesses, já que, inconscientemente, se considera a coisa mais importante que há no universo. Olha a árvore e vê madeira. Olha o solo e vê o potencial agrícola ou a possível exploração de minérios. Olha o rio e vê um curso d’água navegável por barcos de determinado porte. Ele sabe que deve preservar os chamados recursos naturais, porque são preciosos. A natureza para ele é um grande cofre, abarrotado de riquezas renováveis, mas que deve ser cuidadosamente preservado. Daí a necessidade de autoridades ambientais atuantes e uma boa legislação que preserve o meio ambiente.

Este nível da consciência ecológica tem importância, porque faz com que os seres humanos questionem seu comportamento econômico e comecem a perceber mais claramente que a ética, afinal, dá bons resultados. A postura mais primitiva, de mera pilhagem, vem sendo deixada de lado em grande parte da economia. As políticas públicas de meio ambiente têm reforçado até hoje prioritariamente este primeiro nível, claramente insuficiente, de consciência ambiental. A multa, a repressão, a aplicação da legislação ambiental e a fiscalização seriam instrumentos muito úteis a curto prazo, se no Brasil a política nacional de meio ambiente não tivesse sido tão persistentemente esvaziada.

Mas as boas notícias são mais fortes que as más. Uma nova consciência empresarial já repensa o conjunto das atividades econômicas a partir da meta de administrar sabiamente, a longo prazo, os recursos naturais. As gerações mais recentes de empresários e executivos trazem consigo uma forte consciência ambiental. Sua atitude é compatível com a descrição holista do universo e com a ecologia profunda. Progresso econômico e bem-estar material deixam de ser inimigos da preservação ambiental ou da busca espiritual. As novas tecnologias permitem aumentar a produção, ao mesmo tempo que se diminui, radicalmente, o impacto ambiental. O verdadeiro progresso econômico – surge agora um consenso em torno disso – deve ser socialmente justo e ecologicamente sustentável. As medidas convencionais e de curto prazo para a preservação ambiental combatem os efeitos da devastação e pressionam pela gradual adaptação das atividades econômicas às leis da natureza. Mas a ecologia profunda dá um sentido maior às estratégias convencionais de preservação. Atacando as causas ocultas da devastação, projeta e estimula o surgimento de uma nova civilização culturalmente solidária, politicamente participativa e ecologicamente consciente.

Em última instância, as causas da destruição ambiental são o individualismo ingênuo, o sentimento de cobiça material sem freios e a ilusão de que o ser humano está separado do meio ambiente, podendo agir sobre ele sem sofrer as conseqüências do que faz. Ter isto claro é importante. No entanto, não basta uma percepção teórica deste dilema ético. Além de compreender intelectualmente o princípio da unidade ecológica de tudo o que há, é oportuno vivenciar e deixar-se inspirar pelo sentimento da comunhão com a natureza. Deste modo, aprende-se a colocar cada um dos processos econômicos e sociais a serviço da vida, já que é absurdo pretender inverter o processo e colocar a vida a serviço deles.

Não há, pois, oposição real entre a ecologia convencional ou de curto prazo e a ecologia profunda ou mística. São dois níveis diferentes de consciência. Ambos são indispensáveis, e são mutuamente inspiradores. Foi em meados da década de 1980 que diversos pensadores – Warwick Fox, Henryk Skolimowski e Edward Goldsmith, além do próprio Arne Naess – começaram a produzir textos variados a partir do ponto de vista da ecologia profunda. A nova física e a nova biologia, com Fritjof Capra, Gregory Bateson, Rupert Sheldrake, David Bohm, e também os trabalhos científicos de James Lovelock e Humberto Maturana, entre outros, deram legitimidade científica à ecologia profunda. Em sua vertente religiosa, esta corrente de pensamento tem ampla base de apoio na tradição mística de todas as grandes religiões da humanidade. São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia, está longe de ser uma figura isolada.

Cauteloso, Arne Naess recusou-se a criar um sistema racionalmente coerente – um circuito fechado de idéias – capaz de limitar o conceito de ecologia profunda, e manteve-o como uma idéia aberta segundo a qual a variedade da vida é um bem em si mesma. Para Naess, esta ecologia surge do reconhecimento interior da nossa unidade com a natureza. O fato nem sempre requer explicações e muitas vezes não pode ser descrito com palavras. Mas a ação freqüentemente mostra com clareza o que é ecologia profunda.

Em certa ocasião, um rio da Noruega foi condenado à destruição para que fosse construída uma grande hidrelétrica. As margens do curso d’água seriam inundadas para que se fizesse o lago da barragem. Um nativo do povo Sami recusou-se, então, a sair do lugar. Quando, finalmente, foi preso por desobediência e retirado dali à força, ele não teve opção. Mais tarde a polícia perguntou-lhe por que se recusara a sair do rio. Sua resposta foi lacônica:

"Este rio faz parte de mim mesmo".

O indígena estava certo. O meio ambiente faz, realmente, parte de nós mesmos. São dele o ar que respiramos e a água que compõe 70 por cento do nosso corpo físico. Dele vêm os nutrientes que renovam a cada instante as nossas células. Esta unidade dinâmica não está limitada ao plano material da vida, mas também é psicológica e espiritual, mesmo que alguns de nós não tenham plena consciência disso.

A Vida Secreta da Natureza reúne textos publicados inicialmente nas revistas Planeta, Planeta Nova Era e outras publicações. A seguir, veremos experiências de contato direto com o mundo natural como fonte de inspiração para a alma humana em seu crescimento interior. E também reflexões sobre a proposta de um desenvolvimento ecologicamente sustentável; sobre a cidadania local e global como base para a construção de uma civilização solidária; e sobre a poderosa combinação atual entre o pensamento ecológico, a ciência moderna e a tradição esotérica.


(Introdução do livro "A Vida Secreta da Natureza" de Carlos Cardoso Aveline.)