segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Lei de proteção prejudica bioma em Santa Catarina


A paisagem do planalto catarinense e do Vale do Itajaí está mudando. As regiões, que há cerca de dez anos eram repletas de bracatingas, árvore típica dos Estados do sul do país, estão sendo tomadas por plantações de espécies como o pínus e o eucalipto, que podem causar contaminação biológica.

Usada tradicionalmente como fonte de lenha na agricultura familiar -especialmente entre grupos de baixa renda - devido a sua abundância e alta capacidade de regeneração, a bracatinga (Mimosa scabrella) está sendo gradativamente substituída por espécies estranhas ao ecossistema do Estado.

Segundo Lúcia Sevegnani, professora de engenharia ambiental da Universidade Regional de Blumenau, só no planalto catarinense cerca de metade das áreas em que a árvore ocorre - a floresta de araucária ou ombrófila mista, subtipos de mata atlântica - foi tomada por espécies exóticas. Ela e outros pesquisadores afirmam que a legislação sobre o uso da bracatinga tem sido responsável por intensificar a diminuição de suas áreas de ocorrência.

Ela explica que a lei inviabiliza o uso da espécie por parte de agricultores familiares, uma vez que limita a exploração a apenas 40% das árvores presentes na área e impõe uma série de custos e burocracias. A norma à que a professora se refere é a resolução nº 310 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), de julho de 2002. Leia mais!

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